terça-feira, 3 de abril de 2018

State Of Grace


 Taylor Swift
RED (2012)



Desde o início eu sinto que há uma inconstância em tudo o que acontece por aqui. Talvez eu ainda não tenha acostumado a viver neste lugar, a entender completamente que há momentos de calmaria e ao mesmo tempo, tempestades que nos viram de cabeça para baixo.
Ou acontece, esta teoria é das boas, é que mesmo morando neste planeta há mais de 4 anos, e já ter morado em outra época, sempre há algo para descobrir. Você nunca conhece um lugar assim por completo. A gente mal conhece a gente mesmo, quem dirá um lugar?

E mesmo que eu gritasse aos quatro cantos para todos no universo escutarem o quanto eu conhecia meu planeta, eu descobria algo diferente, seja uma tempestade repentina, ou uma praia deserta que me acalmasse até mesmo em dias chuvosos.

Então veio a decisão. O que aconteceria se eu saísse daqui para visitar planetas em outras galáxias? “Mas vai ser só uma visita” “Não pode passar de um dia”. E ao mesmo tempo, outros visitantes chegaram ao planeta que por mim, era só meu. É tão egoísta pensar que os planetas são só nossos, não é? Eu penso que é puro egoísmo você fincar uma bandeira e dizer que ali é sua terra.
Visitei e outros visitaram, seguimos assim.

Mas o compromisso de ser um do outro sempre manteve, mesmo que eu conhecesse lugares diferentes, novas formas de vida, no final do dia só o planeta que eu conheci, por acaso, há 7 anos, é que valeria a pena qualquer viagem.

Agora, pensando bem, há uma certa possibilidade de ter de sair daqui para sempre. Nunca mais voltar ou quem sabe após alguns anos. É uma incerteza, que voltamos ao ponto inicial deste texto, por mais que achamos que conhecemos um planeta, sempre há algo para descobrirmos e mudarmos nossa rota nesta viagem pelo universo.

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